Pesquisas de Gallup no World Poll, de 2006 a 2021, abordaram 2.4 milhões de pessoas. Debatidos intenso aspectos de bem-estar: renda, educação, saúde, relacionamentos, usando modelos estatísticos e analisando dados recolhidos em redes sociais. Potencial impacto: sugerindo associações possíveis em diferentes aspectos.
Passar horas conectado à internet é muitas vezes visto como algo negativo, porém estudos indicam que a utilização regular da internet está relacionada a uma melhora no bem-estar das pessoas em diversos lugares. A influência da internet, e das redes sociais em específico, no bem-estar, tem sido tema de debates acalorados.
O acesso à internet se tornou essencial para muitos, pois a conectividade à internet desempenha um papel crucial no bem-estar global. É importante encontrar um equilíbrio saudável entre o tempo gasto online e offline para garantir que a utilização da internet contribua positivamente para o bem-estar individual e coletivo. Aproveitar os benefícios da internet, como a comunicação instantânea e o acesso à informação, pode ser fundamental para promover um maior bem-estar em nossa sociedade cada vez mais digital. pesquisas para avaliação governamental
Estudo analisa o uso da internet e seu efeito no bem-estar global
De acordo com o professor Andrew Przybylski, da Universidade de Oxford, co-autor do estudo, a pesquisa é pioneira ao examinar a relação entre acesso à internet, utilização regular da internet e bem-estar em escala global. Przybylski destacou que estudos anteriores foram limitados por falhas metodológicas, foco geográfico restrito e análises que priorizavam preocupações específicas sobre tecnologia, especialmente entre os jovens.
Publicado na revista Technology, Mind and Behaviour, o estudo conduzido por Przybylski e o Dr. Matti Vuorre, da Universidade de Tilburg, na Holanda, utilizou dados coletados por meio de entrevistas com cerca de 1.000 participantes anualmente em 168 países, como parte do Gallup World Poll. Os participantes foram questionados sobre seu acesso e uso da internet, juntamente com oito indicadores distintos de bem-estar, como satisfação com a vida, vida social, propósito e bem-estar comunitário.
Ao analisar dados de 2006 a 2021, abrangendo mais de 2,4 milhões de participantes com 15 anos ou mais, os pesquisadores empregaram mais de 33 mil modelos estatísticos para explorar diversas associações possíveis, considerando fatores como renda, educação, problemas de saúde e status de relacionamento.
Os resultados revelaram que a conectividade à internet, incluindo acesso e uso de internet móvel, geralmente previam níveis mais elevados de bem-estar, com 84,9% das associações sendo positivas, 0,4% negativas e 14,7% não estatisticamente significativas. Embora o estudo não tenha estabelecido relação de causa e efeito, foi observado um aumento de 8,5% na satisfação com a vida para aqueles com acesso à internet.
Przybylski enfatizou a importância de embasar políticas tecnológicas em evidências sólidas e monitorar o impacto de intervenções. Shweta Singh, professora assistente na Universidade de Warwick, destacou a necessidade de redes sociais seguras, enquanto ressaltou que ainda existem desafios, como os casos de ‘sextorsão’ no Canadá, que afetam especialmente os jovens.
Por outro lado, o professor Simeon Yates, da Universidade de Liverpool, apontou que embora haja preocupações sobre os danos online, também existem benefícios significativos da internet. Ele ressaltou que as diferenças entre os aspectos positivos e negativos podem ser mais complexas do que o estudo atual conseguiu capturar.
Fonte: @ Ad News
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