Alertas de desmatamento do Deter divulgados pelo Ministério do Meio Ambiente mostram maior queda desde agosto via monitoramento satélite.
Região de desmatamento na Amazônia. Bioma registrou diminuição nos números nos últimos 11 meses Foto: Tiago Queiroz/Estadão / Estadão BRASÍLIA – Os avisos de desmatamento na Amazônia diminuíram 51,1% de agosto de 2023 a junho de 2024 em relação aos 11 meses anteriores. Essa foi a maior redução desde 2016. Mesmo assim, a devastação alcançou 3.644 km².
Apesar da diminuição dos índices de desmatamento, a preocupação com a destruição ambiental persiste. A luta contra a queda do desmatamento requer ação contínua e conscientização da importância da preservação da Amazônia para o equilíbrio do planeta. É fundamental combater a devastação e promover práticas sustentáveis para garantir a proteção desse importante bioma.
Alertas de desmatamento: queda desde agosto
Em contrapartida, a devastação ambiental no Cerrado aumentou 14,6% no mesmo período, atingindo 6.571 km² de destruição. Os números revelados nesta quarta-feira, 3, pelos Ministérios do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia foram coletados pelo Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O sistema de monitoramento via satélite reuniu dados entre agosto de 2023 e junho deste ano. A queda do desmatamento na Amazônia foi impulsionada pelos resultados de quatro Estados: Pará (47,3%), Mato Grosso (53,3%), Amazonas (55,7%) e Rondônia (66,7%). O bioma ainda registrou uma queda de 59,3% nos 70 municípios prioritários definidos pelo Ministério do Meio Ambiente. O secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, afirmou que a queda do desmatamento ocorreu em todos os Estados situados no bioma. ‘É uma realidade que se espalha pela Amazônia’, disse. ‘É uma tendência que está se configurando, ainda não está consolidada. Uma notícia extremamente importante, porque tínhamos o Cerrado em crescimento acelerado’, completou. A ministra Marina Silva afirmou que, ‘se continuarmos nessa trajetória, alcançaremos desmatamento zero’ na Amazônia até 2026. Os resultados positivos da Amazônia, que atraem atenção internacional, contrastam com os dados do Cerrado. O segundo maior bioma do País chegou a registrar uma queda de 24,3% no mês de junho deste ano, mas apresentou aumentos nos últimos quatro meses do ano passado em relação a 2022. A Bahia, Estado que possui parte de seu território no bioma, registrou uma queda de 52% do desmatamento. No entanto, Tocantins, Maranhão e Piauí tiveram aumentos de 69,5%, 36,8% e 13,5%, respectivamente. ‘Estamos trabalhando em um pacto pelo Cerrado’, afirmou Marina. A pasta do Meio Ambiente também divulgou os dados da Mata Atlântica. O bioma possui um sistema diferente de aferição da área de desmatamento, o satélite Prodes. A ferramenta registrou uma queda de 25,2% do desmatamento em 2023 em relação ao ano de 2022. Os dados de 2024 ainda não estão disponíveis. A queda registrada no ano passado foi o maior da série história, iniciada em 2019. A ministra Marina Silva comentou a decisão da Advocacia-Geral da União (AGU) de apresentar uma ação ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para suspender a greve dos servidores do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama). De acordo com a chefe da área ambiental, a judicialização das paralisações foi uma decisão exclusiva da AGU. ‘Da nossa parte, o diálogo está sendo constante’, afirmou. A greve dos servidores ligados aos órgãos ambientais federais teve início no dia 24 de junho. A paralisação ocorre seis meses após o início das negociações com o governo Lula em busca da reestruturação das carreiras.
Fonte: @ Terra
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