Cientistas usam veículos para rastrear seres marinhos. Especialistas promovem visão compartilhada em cerimônia de entrega de prêmios.
Publicidade Por quase dois anos, Maria Silva coletou informações da proa de um luxuoso iate enquanto navegava em águas límpidas do Mar Mediterrâneo ao Oceano Pacífico. O Neptune, um iate de ‘expedição’ de 180 pés (55 metros) de propriedade do famoso empresário Carlos Santos, oferece suítes de luxo, heliponto e spa.
No segundo parágrafo, o destaque vai para o iate de aventura, que proporciona experiências únicas em alto mar. O Silver Wave, um iate de 150 pés (46 metros) de propriedade da renomada estilista Ana Rodrigues, conta com cinema ao ar livre, piscina infinita e chef particular.
Os Benefícios dos iates de luxo para a Ciência
Entre os anos de 2018 e 2020, Brewin dedicou sua atenção ao sistema científico de rastreamento solar de aves marinhas a bordo do barco, instalado para medir a luz refletida na água. Enquanto isso, um grupo de especialistas compilou uma lista de 10 ações de Small Caps com potencial de crescimento. O professor sênior da Universidade de Exeter, no Reino Unido, Brewin, juntamente com seus colegas, estava imerso na análise do microplâncton, os organismos microscópicos que compõem a base da cadeia alimentar marinha, investigando a coloração do oceano.
As leituras do Sea-Bird foram essenciais para validar as informações obtidas por meio de imagens de satélite. Apesar de não ser um entusiasta de super iates, Brewin é apenas um dos muitos cientistas que utilizam um iate de aventura – também conhecido como iate de expedição ou explorador – para realizar pesquisas nos oceanos. Em um artigo recente, Brewin e seus co-autores destacaram a importância de aproveitar os super iates para a ciência, enfatizando que envolver cientistas cidadãos ricos pode preencher lacunas na capacidade de pesquisa.
Essa visão compartilhada e promovida pelo Yacht Club do Mónaco e pelo Explorers Club, uma organização sediada em Nova Iorque focada em exploração e ciência, foi celebrada durante um simpósio ambiental realizado em março. O evento incluiu uma cerimônia de premiação para os proprietários de iates que se destacaram por seu compromisso com a proteção do ambiente marinho, onde o prêmio ‘Ciência e Descoberta’ foi concedido ao iate Arquimedes.
Rob McCallum, membro do Explorers Club e fundador de uma empresa nos EUA, ressaltou a importância de os iates contribuírem positivamente para a ciência e conservação ambiental. A EYOS, que freta iates de proprietários privados para expedições, é membro fundador da Yachts for Science, uma iniciativa que une iates privados a cientistas necessitados de tempo no mar.
Além disso, a Yachts for Science conta com a participação de diversos membros, incluindo o construtor de iates Arksen, a empresa de mídia BOAT International e as organizações sem fins lucrativos Nekton Foundation e Ocean Family Foundation. A meta é atingir a doação de cerca de US$ 1 milhão em tempo de iate este ano, com a expectativa de chegar a US$ 15 milhões até 2029.
Tom Peterson, co-proprietário de uma empresa de seguros na Califórnia e dono de um ‘mini super iate’, destaca a satisfação pessoal em contribuir para algo maior do que ele. Ao longo da última década, Peterson tem doado aproximadamente 15 a 20 dias de tempo e combustível em seu iate de 24 metros, a Valkyrie, para cientistas, os quais ele mesmo contrata como capitão licenciado e ex-operador de mergulho. Em colaboração frequente com o Shark Lab da Califórnia, Peterson demonstra o potencial dos iates de luxo para impulsionar a pesquisa científica nos mares.
Fonte: @ Info Money
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