Cesta Básica: IPCA (índice de inflação brasileiro), PMI-Euro (índice de compras de gestor da Eurozone), alta preços, Juros Fed (Corte), Contas Públicas. Informações iniciais.
O Brasil enfrenta uma semana repleta de eventos econômicos cruciais, destacando-se as notícias sobre a inflação. Na próxima quarta-feira (8), teremos a decisão do Banco Central que certamente influenciará o cenário financeiro do país. E para encerrar a semana, na sexta-feira (10), está programada a divulgação do IPCA, principal índice de inflação do Brasil.
Além das expectativas em relação à inflação, os investidores também estarão de olho na evolução da taxa de juros e no possível impacto do déficit nas contas públicas. A combinação desses fatores pode criar um ambiente de incerteza no mercado financeiro, influenciando as decisões dos investidores e das empresas em relação aos seus negócios e investimentos. Portanto, é fundamental acompanhar de perto esses indicadores econômicos para entender o panorama financeiro do país.
Decisões monetárias e falas do Fed impactam mercados
Lá fora, o destaque fica por conta da decisão monetária do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) e das falas dos membros do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) nos próximos dias. Investidores estão de olho nos discursos programados de Thomas Barkin e John Williams, representantes das distritais de Richmond e Nova York respectivamente.
Hoje (6), o mercado também reage ao índice de atividade PMI da zona do euro, que apresentou um crescimento em abril, alcançando 51,7 pontos, ante 50,3 em março. Esta alta no indicador, divulgada pelo S&P Global e pelo Hamburg Commercial Bank (HCOB), é a maior registrada nos últimos 11 meses, indicando um avanço na atividade econômica da região.
Quando o índice de gerente de compras (PMI) ultrapassa os 50 pontos, sinaliza um crescimento na atividade econômica. Este cenário promissor tende a animar os mercados, evidenciando uma recuperação gradual da economia europeia.
A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, manteve a previsão de um corte de juros em breve, apesar da retomada da atividade econômica, que pode gerar pressões inflacionárias. Este movimento visa manter a alta de preços em um patamar mais controlado na região.
No cenário americano, as falas dos conhecidos ‘Fed boys’, termo usado para se referir aos dirigentes do Federal Reserve, continuam a movimentar o mercado. Dados de emprego abaixo do esperado foram bem recebidos por indicar aquecimento no mercado de trabalho, o que potencialmente levará a um aumento salarial e consequente inflação, algo que o Fed busca conter.
Os investidores aguardam por sinais mais concretos em relação ao corte de juros nos EUA, tendo em vista a possibilidade de uma trajetória mais tranquila. Portanto, as declarações dos próximos dias merecem atenção especial.
Cenário das Contas Públicas em Destaque
No mercado interno, o destaque do dia recai sobre o resultado primário do setor público em março, que será divulgado em breve. Em fevereiro, o setor público consolidado apresentou um déficit primário de R$ 48,6 bilhões, englobando governo central, estados, municípios e estatais.
As contas públicas seguem no radar dos investidores, uma vez que um governo com as finanças em ordem tende a atrair mais recursos. O arcabouço fiscal estabelecido pelo próprio governo visa atingir a meta de zerar o déficit neste ano, reforçando a importância de um controle financeiro eficiente para manter a economia estável e atrair investimentos.
Fonte: @ Valor Invest Globo
Comentários sobre este artigo