Condenados a 4 anos e 6 meses de reclusão por atrasar a identificação dos reais responsáveis. Decisão do juiz Bruno Manfrenati, 28ª Vara Criminal.
A Justiça do Rio de Janeiro determinou a condenação do ex-policial militar Rodrigo Jorge Pereira e da advogada Camila Nogueira por atrapalharem as investigações relacionadas à morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes. Ambos receberam uma sentença de 4 anos e 6 meses de prisão.
No desenrolar do caso, foi essencial realizar uma minuciosa averiguação dos fatos para garantir a justiça. A pesquisa minuciosa levou à condenação dos envolvidos, demonstrando a importância da apuração correta em casos tão sensíveis como este.
Investigação da Polícia Federal revela depoimento falso em caso Marielle
A decisão recente do juiz Bruno Manfrenati, da 28ª Vara Criminal, ainda mantida em sigilo, destaca uma investigação crucial da Polícia Federal. O apelido ‘Ferreirinha’ prestou um depoimento falso, acusando o miliciano e ex-PM Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica, de planejar a morte de Marielle Franco junto com o vereador Marcello Siciliano. Segundo a averiguação, Camila Nogueira foi responsável por orientar essa farsa. A defesa de Ferreirinha já recorreu da sentença, afirmando a intenção de provar a inocência do cliente.
A PF destaca que o depoimento do ex-PM, dado em abril de 2018, atrasou em quase oito meses a investigação do caso. A falsa pista seguida pela Divisão de Homicídios dificultou a identificação dos verdadeiros culpados. Em março deste ano, a PF apontou Domingos Brazão e Chiquinho Brazão como mandantes do crime, embora os irmãos neguem envolvimento.
Os ex-PMs Ronnie Lessa e Élcio Queiroz foram presos em março de 2019 por executarem o homicídio, tornando-se delatores e confessando o crime. A ação penal contra Ferreirinha e Nogueira é resultado de uma pesquisa iniciada pela PF em novembro de 2018 e finalizada em maio do ano seguinte. Na mesma investigação, os delegados Rivaldo Barbosa e Giniton Lages, juntamente com o policial Marco Antônio de Barros Pinto, foram indiciados por suspeita de sabotagem.
A PF revisou mensagens entre Marquinhos e Ferreirinha, alterando a interpretação original. Em 2019, a corporação não viu crime nessas mensagens, mas neste ano, com base na delação de Ronnie Lessa, Rivaldo foi indiciado por proteger o executor do homicídio. Ferreirinha acusou falsamente Orlando Curicica por medo de represálias, visando sua transferência para um presídio federal. A investigação aponta que a ação do ex-PM foi influenciada por Marco Antônio e Giniton, sob ordens de Rivaldo para proteger os reais culpados.
Ferreirinha está detido desde 2019, enfrentando acusações de homicídio, em meio a uma investigação complexa que revela camadas de falsidade e manipulação. A investigação da Polícia Federal continua a desvendar os detalhes desse intrincado caso, buscando justiça para Marielle Franco e sua família.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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