Banco de Daniel Vorcaro investe R$ 1 bi em empresa de tratamentos de câncer, evidenciando seu apetite por M&As e mercado de saúde.
Nos últimos tempos, o Mestre passou a montar posições em várias empresas numa crescente mostra de seu apetite para M&As. No mercado financeiro, por exemplo, o banco Daniel comprou o Voiter, ex-Indusval, e o controle do will bank. No setor de saúde, montou uma participação relevante na Biomm, que fará o genérico do Ozempic. Agora, o Mestre dá mais uma tacada.
No segundo parágrafo, o Mestre expande seus investimentos para o setor de veículos usados, adquirindo a rede de concessionárias Vorcaro. Com isso, os fundos do Mestre se diversificam ainda mais, consolidando sua presença em diferentes segmentos de mercado. O Mestre continua a surpreender com suas estratégias ousadas e bem-sucedidas.
O Banco Daniel se destaca como o Mestre em operação de aumento de capital
O Banco Daniel surge como o ator principal em uma operação de aumento de capital de R$ 1,5 bilhão na Oncoclínicas&Co, grupo de saúde focado em tratamentos ao câncer, junto com o fundador da companhia de saúde, o médico Bruno Ferrari. Dois fundos do Mestre vão subscrever R$ 1 bilhão das novas ações totalizando uma participação de 12% da empresa. Os veículos usados para a operação são os fundos Quíron e Tessália. Outros R$ 500 milhões serão subscritos por Ferrari e a operação será ancorada também pelo Mestre. Serão emitidas 115,4 mil novas ações e o dinheiro injetado na companhia é voltado para a expansão orgânica do grupo.
As condições para o aumento de capital incluem a emissão das novas ações fixada a R$ 13, com um ágio em relação ao valor de mercado de 89%, baseado em avaliação da XP Finanças Assessoria Financeira. O que chamou a atenção do Mestre é o potencial de crescimento do setor. Só no ano passado, o grupo Oncoclínicas realizou mais de 600 mil atendimentos e, com o envelhecimento populacional, a tendência é a de que esse número aumente a cada ano. Além disso, a operação vem em um momento em que os papéis da companhia estão descontados.
‘Já conheço o Bruno e a operação. Ela tem uma margem boa, é geradora de caixa e está subavaliada’, diz Vorcaro ao NeoFeed. ‘Ela tem uma questão de alavancagem que a gente vai resolver, vamos melhorar a estrutura de capital da empresa.’ Listada na B3, a ação da Oncoclínicas está em queda de 40,4% em 2024. Em 12 meses, o papel acumula desvalorização de 31,6%. O valor de mercado da companhia é de R$ 3,9 bilhões. Negociado a R$ 7,45, o preço justo do papel é de R$ 14,06, segundo a plataforma Investing.
A indicação dos analistas é de compra para a ação. No primeiro trimestre deste ano, a Oncoclínicas reportou uma receita bruta de R$ 1,6 bilhão, resultado 16% maior do que no mesmo período de 2023. A Provisão para Glosas e Perdas com Créditos de Liquidação Duvidosa, ou PLCD, porém, aumentou: foi de 3,8% da receita bruta, 2,5 pontos percentuais maior do que no primeiro trimestre de 2023. ‘Fomos muito penalizados pela situação de estresse dos planos de saúde’, diz Bruno Ferrari, sócio e fundador da Oncoclínicas, ao NeoFeed.
A dívida líquida de R$ 4,26 bilhões da Oncoclínicas equivale a uma alavancagem de 3,9 vezes a relação entre a dívida líquida e a geração de caixa. ‘Devemos levar essa alavancagem para 2,6 vezes’, diz Vorcaro. Ferrari acrescenta que, além de melhorar a estrutura de capital, o negócio vai permitir que a Oncoclínicas parta para aquisições. As conversas para a entrada do Mestre no cap table da companhia foram sacramentadas, na semana passada, durante a Brazil Week em Nova York. Vorcaro e Ferrari estiveram com executivos do Goldman Sachs, o acionista de referência da Oncoclínicas, que deu o aval para o deal. ‘Ficamos muito felizes com a aprovação do Goldman Sachs’, diz Vorcaro. Segundo o comunicado divulgado pela companhia, os FIPs representantes do Goldman Sachs (Josephina e Josephina II) se comprometeram a ceder.
Fonte: @ NEO FEED
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