Regras fiscais com inconsistências desde o início, surpreendendo com vida breve, gastos acelerados em saúde e expansão de despesas discricionárias.
Ao ajustar os gastos com saúde e educação à receita, que por sua vez cresce, por construção, mais rápido do que a média da fiscalização, garantimos uma expansão mais acelerada desses dispêndios frente aos demais. Ao mesmo tempo, as linhas de previdência são fiscalizadas pelo salário mínimo, assim como outros benefícios sociais.
Para manter o equilíbrio financeiro e o controle de gastos, é essencial realizar uma revisão constante das políticas públicas. Dessa forma, é possível garantir uma gestão eficiente dos recursos e promover o desenvolvimento sustentável da sociedade.
Ajuste Fiscal: Revisão e Controle de Despesas para Equilíbrio Financeiro
Como há ganhos reais na política do salário mínimo, esses gastos obrigatórios também cresceriam de forma mais acelerada. Em pouco tempo, as despesas discricionárias seriam pressionadas, levando a uma necessidade urgente de revisão. O framework já demonstrava sinais concretos de fragilidade desde a criação de crédito extraordinário de R$ 15,8 bilhões e a revisão das metas fiscais para 2025 e 2026.
O golpe final veio com a MP da monetização dos créditos de PIS/Cofins, que expôs a vulnerabilidade do sistema. Embora não tenha sido algo inédito na tradição brasileira, as manobras tributárias e as mudanças nas regras fiscais estão desgastando a confiança da sociedade.
A devolução da MP e a resistência em aprovar medidas que resultariam em um rombo de R$ 25,8 bilhões no orçamento mostram que há um limite para a aceitação de mais impostos e instabilidade fiscal. A pressão dos empresários e a reação do Congresso indicam um despertar para a necessidade de controle de gastos.
A imprensa e os mercados têm destacado a importância de uma revisão mais profunda do gasto público. Com a moeda brasileira entre as piores performances do mundo e a Bolsa em baixa, fica evidente a urgência de equilibrar as contas. O ajuste fiscal não pode mais depender apenas do aumento de receitas.
É chegada a hora de repensar o modelo vigente e considerar cortes efetivos nas despesas. O Brasil enfrenta a encruzilhada de escolher entre reduzir os gastos ou ignorar a necessidade de ajuste. As propostas de Fernando Haddad e Simone Tebet para uma revisão ampla e irrestrita das despesas públicas apontam para um caminho possível.
No entanto, a retórica populista e as promessas vazias ameaçam comprometer qualquer avanço. A recusa em desvincular as despesas com saúde e educação da receita tributária revela uma falta de compromisso com a estabilidade financeira. É essencial evitar a banalidade do mal orçamentário, onde a falta de responsabilidade se torna rotineira.
Assim como Hannah Arendt alertou para os perigos da obediência cega às ordens superiores, o Brasil precisa adotar uma postura de responsabilidade e transparência em relação ao controle de gastos. A busca pela banalidade do bem requer coragem para tomar decisões difíceis em prol do equilíbrio financeiro e do bem-estar da sociedade.
Fonte: @ NEO FEED
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