Cientistas revestem rostos de robôs com ‘pele viva’ para expressões faciais mais realistas, imitando tecidos humanos e estruturas subjacentes.
Cientistas brasileiros desenvolveram uma técnica inovadora para revestir os corpos dos robôs com uma espécie de ‘pele artificial’, permitindo a criação de expressões faciais mais humanizadas. A pesquisa foi conduzida por especialistas da Universidade de São Paulo, no Brasil, que se inspiraram na anatomia dos seres humanos para alcançar esse resultado surpreendente. O resultado final é impressionante, tornando os robôs mais próximos da aparência e comportamento humanos.
Além disso, os cientistas também exploraram a possibilidade de aplicar essa tecnologia em outros tipos de máquinas inteligentes, como andróides e autômatas, com o objetivo de aprimorar a interação entre humanos e máquinas no futuro. A inovação promete revolucionar a forma como os robôs são percebidos e utilizados em diversas áreas, abrindo caminho para uma nova era de tecnologia e comunicação entre seres humanos e máquinas.
Avanços na Criação de Robôs Humanoides
Os avanços na tecnologia de robôs estão abrindo portas para a criação de humanoides cada vez mais realistas. Esses autômatas são projetados para se movimentar de forma fluida, com uma pele artificial que possui a incrível capacidade de se autorregenerar, evitando rasgos e rompimentos com facilidade.
A pele artificial, produzida em laboratório a partir de células vivas, não só é macia como a pele humana, mas também pode se regenerar sozinha em caso de cortes, conforme apontam os cientistas. No entanto, a aplicação dessa pele nos robôs tem sido um desafio. Tentativas anteriores de fixá-la ao rosto dos robôs revelaram-se complicadas, com os miniganchos utilizados como âncoras danificando a pele durante os movimentos do robô.
Assim como a pele humana adere às estruturas subjacentes por meio de ligamentos, os pesquisadores desenvolveram uma técnica inovadora. Perfurando pequenos orifícios no robô, aplicando um gel de colágeno e uma camada de pele artificial, eles conseguiram fixar a pele de forma eficaz ao rosto do robô. Esse método imita as estruturas dos ligamentos da pele humana, garantindo uma adesão forte e flexível.
O pesquisador Shoji Takeuchi, líder do estudo, explicou que a flexibilidade natural da pele artificial e o método de adesão resultante permitem que a pele se mova harmoniosamente com os componentes mecânicos do robô, sem rasgar ou descamar. Os resultados dessas pesquisas foram publicados na revista científica Cell Reports Physical Science, marcando um avanço significativo nesse campo.
Apesar dos progressos, ainda serão necessários muitos anos de testes até que essa tecnologia se torne parte do nosso cotidiano, conforme apontam os pesquisadores. Um dos desafios futuros será criar expressões faciais mais humanas nos robôs, integrando atuadores sofisticados ou músculos em sua estrutura.
Além de impulsionar a área de robótica, essas descobertas também podem ter aplicações em pesquisas sobre envelhecimento da pele, cosméticos e procedimentos cirúrgicos, incluindo a cirurgia plástica. Os avanços nesse campo prometem revolucionar a interação entre humanos e máquinas, aproximando ainda mais os mundos dos seres humanos e dos robôs.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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