Por que a felicidade da mãe solteira aos 40 incomoda tanto? Ouvi essa frase no filme e fiquei refletindo sobre isso.
Na semana passada, tive a oportunidade de assistir ao filme ‘Um Pensamento de Ti’, uma emocionante comédia romântica que aborda a busca pela felicidade. A trama gira em torno de uma protagonista, interpretada pela talentosa Maria Clara Gueiros, que redescobre o amor e a felicidade ao se envolver com um músico talentoso e mais jovem.
A história é envolvente e nos leva a refletir sobre a importância do bem-estar e da conexão com o outro para alcançarmos a verdadeira alegria. O desenrolar dos acontecimentos nos mostra que a vida é cheia de surpresas e que a busca pela contentamento pode nos levar a caminhos inesperados, repletos de amor e felicidade.
Felicidade: Um Caminho para o Bem-Estar e Contentamento
Um relacionamento enfrentando diversas dificuldades, uma jornada que exige resiliência e paciência. Em um momento crucial da narrativa, a amiga mais próxima da mulher compartilha uma frase marcante: ‘as pessoas têm aversão a mulheres felizes’. Essa simples afirmação ressoou profundamente em mim, levantando questionamentos sobre o incômodo que a felicidade alheia pode causar. Por que a nossa alegria parece perturbar tanto os outros?
Refletindo sobre essa questão, me recordo de inúmeras situações em que me senti culpada por experimentar alegria – seja por uma conquista profissional, um novo relacionamento ou simplesmente por momentos de contentamento. Cheguei a ocultar esses instantes felizes de pessoas próximas, receosa de que fossem menosprezados ou mal recebidos. Como se a simples ideia de felicidade fosse algo inadequado.
Essa mesma temática é abordada em um filme, onde a personagem principal, após um divórcio conturbado, encontra finalmente um novo amor. No entanto, ela se vê impedida de vivenciar plenamente essa nova relação devido às pressões sociais que a condenam. Curiosamente, o ex-marido dela também seguiu em frente com uma mulher mais jovem, mas a diferença de idade não é motivo de escrutínio, afinal, ele é homem. A dualidade de tratamento é evidente.
Para as mulheres, a busca pela felicidade é encarada com muito mais resistência. Existe uma carga histórica que nos condicionou a colocar as necessidades alheias acima das nossas, a ponto de nos sentirmos culpadas ao priorizar a nossa própria alegria. A ideia de uma mulher feliz, independente e realizada representa uma ameaça para aqueles que detêm o poder, como se fosse um ato de rebelião contra a ordem estabelecida.
É fundamental, portanto, que não desistamos de perseguir a felicidade, de nos permitirmos ser felizes com as nossas escolhas. Essa é uma batalha coletiva, onde a nossa alegria não só nos fortalece, mas também encoraja outras mulheres a encontrarem suas vozes em um mundo que por muito tempo as silenciou.
Assim, se você sentir aquela sensação reconfortante no peito, não a esconda. Viva cada momento de felicidade intensamente e compartilhe sem reservas. Não há nada de errado em ser genuinamente feliz e em celebrar essa felicidade com o mundo.
Fonte: © CNN Brasil
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