Espaço para discutir bem estar, alimentação saudável e inovação. Como as saladas ganharam espaço à mesa com folhas frescas e dieta equilibrada.
Em frente a uma salada de folhas, há quem faça careta e diga, com firmeza: não aprecio salada. Esses indivíduos costumam associar esse prato à simplicidade das dietas e não o enxergam como alimento substancial, mas sim como uma tendência moderna de quem só se preocupa com a boa forma. No entanto, que equívoco há nessa percepção. Sua história, na realidade, é bastante antiga.
As saladas de folhas são muito mais do que apenas um prato de folhas. Elas são uma explosão de cores, sabores e texturas que proporcionam uma experiência gastronômica única. Além disso, as saladas são uma excelente forma de incorporar nutrientes essenciais à nossa alimentação de forma leve e saborosa. Experimente variar os ingredientes e descobrirá um mundo de possibilidades deliciosas em cada garfada de salada.
Origens e História da Salada
Os registros mais antigos de algo similar à salada datam de seis séculos antes de Cristo, na Pérsia. Também foram encontrados indícios dela no Egito. Os romanos deram nome às plantas, chamando-as de ‘herba salata’, em referência a qualquer legume em salmoura, já que o sal era o principal conservante disponível e muito valorizado, chegando a ser usado como forma de pagamento, originando a palavra ‘salário’. Eles ampliaram o conceito, conhecendo mais de cem vegetais, servidos ao fim das refeições para auxiliar na digestão.
A Evolução da Salada ao Longo dos Séculos
Hoje sabemos que a salada é benéfica e ajuda a promover a saciedade. Seu nome pouco variável pode dar a impressão de um preparo repetitivo, mas sua composição flexível permite que seja uma refeição completa. Após o gosto por alimentos crus ter sido deixado de lado na Idade Média, o Renascimento o resgatou. Nobres cultivavam hortas e estufas para fornecer banquetes com espécies locais e exóticas, sofisticando molhos e misturando ingredientes.
A Diversidade Linguística e Cultural da Salada
O termo ‘salada’ é conhecido em diferentes idiomas, como salad em inglês, salade em francês, Salat em alemão, ensalada em espanhol e insalata em italiano. Essa diversidade linguística reflete a variedade de ingredientes que podem compor uma salada. Na Itália e na França, as folhas verdes são tratadas como sinônimo genérico para ‘salada’, devido à presença cotidiana desses vegetais em quase todas as refeições.
A Versatilidade e Popularidade da Salada
No Brasil, buffets por quilo e rodízios de churrasco ilustram as diversas possibilidades de combinação em uma salada. Além das folhas, é possível incluir legumes, verduras, carnes, grãos, frutas, queijos, macarrão e arroz. A salada pode ser uma refeição completa, nem sempre leve e inocente, desafiando o preconceito de que é apenas para o verão.
Inovação e Tradição na Preparação de Saladas
Uma das versões mais conhecidas da salada nasceu no frio de Moscou, na cozinha do Hermitage, com a receita secreta de Lucien Olivier. Essa receita originou diferentes reinvenções, como a famosa ‘salada russa’. No entanto, é possível manter os vegetais à mesa no inverno com ingredientes mais saudáveis, como legumes grelhados, queijos magros, folhas verdes escuras e grãos, proporcionando conforto em qualquer estação.
Fonte: @ Veja Abril
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