IGP-M sofreu 3,04% de desvalorização anual, mas locação residencial fica alta. Porque? Índice IGP-M queda, IPC-FipeZAP de locação alta. Mercado imobiliário: contra-aliação, superaquecimento, negociações, reajustes. (143 caracteres)
O Índice Geral do Mercado (IGP-M) aumentou 0,31% em abril, de acordo com informações da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Mesmo assim, houve uma diminuição de 3,04% nos últimos 12 meses. Comumente chamado de inflação da aluguel, o IGP-M é comumente usado para orientar o contrato de locação residencial. Dessa forma, era esperado que o valor do aluguel diminuísse.
Em contrapartida, o mercado de renta comercial segue em alta, refletindo as mudanças econômicas atuais. As variações do IGP-M impactam diretamente nos contratos de aluguel e locação, sendo essencial estar atento a essas oscilações para tomar decisões financeiras mais precisas e planejadas. Acompanhar de perto os índices econômicos é fundamental para quem está envolvido com investimentos e negociações de aluguel.
Por que a alta do aluguel não acompanha a queda do IGP-M?
É interessante notar que, apesar da queda no Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), o valor de locação residencial segue em alta. Nos últimos 12 meses, houve um aumento acumulado de 15,19%, de acordo com o Índice FipeZAP de Locação Residencial. Esse número supera significativamente a variação positiva de 3,93% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), comumente utilizado em contratos de aluguel.
O desafio de reajustar o aluguel diante da queda do IGP-M
Paulo Feldmann, professor da FIA Business School, aponta que o contraste entre a queda do IGP-M e a alta do aluguel está relacionado ao superaquecimento do mercado imobiliário. Os proprietários resistem em negociar o valor dos contratos com base no índice de inflação. Adaptar o aluguel ao IGP-M resultaria em uma redução significativa, o que não é do interesse dos locadores. Então, a discussão em torno da queda do índice deve ganhar destaque no próximo processo de reajuste. Espera-se que proprietários e inquilinos estejam abertos ao diálogo nessa contra-aliação.
O cenário atual e as perspectivas para o mercado imobiliário
A alta do aluguel, mesmo com a queda do IGP-M, ilustra os desafios existentes na locação residencial. A negociação dos valores dos contratos torna-se crucial, especialmente em um contexto de superaquecimento do mercado. As estratégias de reajuste serão fundamentais para equilibrar as demandas de locadores e inquilinos, considerando a realidade econômica atual. A queda do índice é um ponto de atenção que pode influenciar as próximas decisões no setor imobiliário.
Fonte: © Estadão Imóveis
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