Em julho, seis municípios receberão mosquitos infectados com Wolbachia, dentro da estratégia. Criteria de seleção baseados na população de mosquitos e depósitos. Adaptação à Wolbachia reduz casos de doenças, fase de engajamento comunitário na pesquisa. (142 caracteres)
Em julho, as primeiras liberações de mosquitos Aedes aegypti contaminados com a bactéria Wolbachia serão feitas em seis cidades: Uberlândia, em Minas Gerais; Londrina e Foz do Iguaçu, no Paraná; Presidente Prudente, em São Paulo; Joinville, em Santa Catarina; além de Natal, a capital do Rio Grande do Norte. Até o próximo ano, essa tática será implementada em mais 22 localidades de Minas Gerais.
A ação visa combater o transmissor da dengue, zika e chicungunha, envolvendo a utilização do microrganismo Wolbachia para diminuir a população do Aedes aegypti. A presença da bactéria Wolbachia nos mosquitos pode impactar significativamente a capacidade de transmissão dessas doenças, trazendo benefícios para a saúde pública.
Estratégia inovadora de combate: Método Wolbachia
De acordo com informações oficiais do Ministério da Saúde, o Brasil se destaca como pioneiro ao adotar a tecnologia Wolbachia como parte de sua política de saúde pública visando reduzir os casos de dengue a médio e longo prazo. A metodologia revolucionária envolve a introdução da bactéria Wolbachia em ovos de mosquitos em ambiente controlado, resultando na disseminação do microrganismo no Aedes aegypti infectado. Esta prática impede que esses mosquitos transmitam os vírus responsáveis pela dengue, zika, chikungunya e febre amarela.
Inovação no controle de doenças transmitidas por mosquitos
Os mosquitos infectados com Wolbachia, ao se reproduzirem, passam essa característica para sua prole, criando uma população de mosquitos incapazes de transmitir doenças aos seres humanos. A implementação dessa estratégia requer a participação ativa da comunidade, o que é ressaltado como uma etapa crucial para o sucesso do programa. É fundamental o engajamento comunitário para explicar os benefícios e objetivos do método Wolbachia.
Detalhes do impacto positivo do método Wolbachia
Antes da liberação dos mosquitos infectados, é essencial o diálogo com os moradores locais para garantir o entendimento e apoio à iniciativa. A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, compartilha informações importantes sobre a necessidade de interromper o uso de inseticidas nas áreas onde o método é aplicado. Isso ocorre devido à mudança na população de mosquitos e à necessidade de manter os insetos com Wolbachia em circulação.
Impacto positivo nas localidades participantes
Ethel destaca a importância da escolha criteriosa de municípios para receber a estratégia, levando em consideração fatores como a estabilidade da temperatura local, que afeta a adaptação dos mosquitos à Wolbachia. Resultados promissores são observados em cidades como Niterói, que registrou significativa redução nos casos de dengue, chikungunya e zika após a implantação do projeto de pesquisa em 2014.
Expansão e desenvolvimento do programa Wolbachia
Outros municípios brasileiros, como Rio de Janeiro, Campo Grande e Petrolina, já adotaram o Método Wolbachia como parte de suas estratégias de controle de doenças transmitidas por mosquitos. Além do Brasil, países como Indonésia estão colaborando com o World Mosquito Program nessa pesquisa inovadora. Recentemente, o Brasil inaugurou a Biofábrica Wolbachia em Belo Horizonte, contribuindo para o avanço na produção dessa tecnologia de combate às arboviroses.
Fonte: @ Agencia Brasil
Comentários sobre este artigo