Agência de risco reviseu avaliação do Brasil de estável para positivo. Consolidação fiscal, receitas, gastos, incertezas e fiscais influenciaram o ponto de vista. Gradual estabilização da dívida é esperada, arcabouço também considerado. (148 caracteres)
O mercado tem dado muita importância aos dados precisos, porém, em termos de rating (nota) de crédito, a consolidação fiscal e a estabilização da dívida nos próximos anos são cruciais, afirmou Samar Maziad, vice-presidente e analista sênior de riscos soberanos na Moody’s, em relação à mudança na perspectiva da nota de crédito ‘Ba2’ do Brasil, de estável para positiva.
A análise cuidadosa da evolução econômica do Brasil nos próximos meses será fundamental para a avaliação do rating de crédito do país. Manter um olhar atento sobre os indicadores econômicos e políticos será essencial para compreender como a nota de crédito evoluirá ao longo do tempo.
Avaliação da Perspectiva de Nota de Crédito no Brasil
Os esforços para melhorar a nota de crédito do Brasil foram impulsionados pela melhoria na atividade econômica local, mas a credibilidade do arcabouço fiscal ainda é uma questão crucial. A agência apontou que a dependência das receitas, sem uma análise aprofundada dos gastos, é uma fragilidade a ser superada.
Ao avaliar o perfil de crédito de um país, diversos elementos entram em jogo. No caso do Brasil, as incertezas fiscais continuam sendo um ponto fraco a ser considerado. No entanto, essas incertezas já estão refletidas no rating atual do país.
O déficit fiscal do ano anterior, especialmente com os gastos relacionados aos precatórios, surpreendeu negativamente. A mudança da meta fiscal para 2025 também gerou certa agitação. A expectativa era de um processo gradual para a redução do déficit, algo que tanto a agência quanto o mercado financeiro não esperavam que seria resolvido de forma imediata.
A executiva ressalta a importância de um progresso contínuo na consolidação fiscal no Brasil, visando a melhoria dos resultados fiscais ao longo dos próximos anos. A perspectiva de estabilização da dívida pública é um objetivo a ser alcançado gradualmente, de forma consistente e sustentável.
Desafios e Metas para a Crescimento da Nota de Crédito do Brasil
A construção de uma sólida credibilidade no arcabouço fiscal é essencial para impulsionar a nota de crédito do Brasil a patamares mais elevados. A atenção tanto às receitas quanto aos gastos governamentais é fundamental para fortalecer a base fiscal do país e melhorar sua capacidade de pagamento.
A necessidade de um processo gradativo na consolidação fiscal é destacada como um ponto de vista relevante para a sustentabilidade das contas públicas brasileiras. As receitas e os gastos devem ser cuidadosamente geridos, visando a redução gradual das incertezas fiscais e o fortalecimento do ambiente econômico.
A expectativa é que o governo brasileiro mantenha o compromisso com a melhoria do resultado fiscal, buscando uma trajetória de ajuste gradual e consistente ao longo dos próximos anos. A dinâmica positiva nas contas públicas é essencial para a geração de confiança e para a elevação da nota de crédito soberano do país.
Desafios Futuros e o Caminho para uma Nota de Crédito Mais Alta
A trajetória de consolidação fiscal no Brasil enfrenta desafios significativos, mas também apresenta oportunidades para a melhoria do rating soberano. A superação das incertezas fiscais e o aprimoramento do arcabouço fiscal são passos essenciais para elevar a credibilidade e a confiança dos investidores.
O governo brasileiro deve seguir um processo gradual e consistente de otimização das receitas e controle dos gastos, visando a redução do déficit e a estabilização da dívida pública. Essa estratégia é fundamental para garantir a sustentabilidade das contas públicas e fortalecer a posição do Brasil no mercado financeiro internacional.
A perspectiva de uma melhora na nota de crédito do Brasil está atrelada à capacidade do país em enfrentar os desafios fiscais e consolidar um ambiente econômico mais estável e previsível. O compromisso com a transparência, a responsabilidade fiscal e o fortalecimento das políticas econômicas são fundamentais para alcançar um rating soberano mais elevado.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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