Descobrimento de pesquisa: Instituto do Sono e Unifesp investigam apneia e obstructão do sono. Affectam musculatura garganta, relaxamento, níveis sangüineos, aminoácido homocisteína. Prediz risco de distúrbios respiratórios acima de 40 anos. (146 caracteres)
A medição dos níveis sanguíneos de um aminoácido conhecido como homocisteína pode ser útil na previsão do risco de alguém desenvolver apneia obstrutiva do sono. Esse distúrbio do sono é marcado por pausas repetidas na respiração devido ao relaxamento dos músculos da garganta durante o sono. Compreender essas conexões pode auxiliar em diagnósticos precoces e tratamentos eficazes para a apneia obstrução do sono.
Além disso, a pesquisa contínua sobre a relação entre a apneia e a homocisteína pode revelar informações valiosas sobre a forma como o corpo humano funciona durante o sono. A busca por métodos inovadores de identificação e intervenção pode melhorar a qualidade de vida de indivíduos que sofrem com distúrbios do sono. Essa investigação reforça a importância de abordagens integradas para o tratamento da apneia obstrução do sono e outras condições relacionadas.
Estudo revela novas abordagens para a apneia obstrução do sono
A apneia obstrução do sono é um distúrbio do sono que afeta um número significativo de pessoas, principalmente aquelas com mais de 40 anos. Um estudo realizado por pesquisadores do Instituto do Sono e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em parceria com a FAPESP, sugere que um simples exame de sangue pode ser útil na predição do risco de agravamento desse distúrbio em pacientes com formas leves ou moderadas.
Os resultados desse estudo, publicados no European Archives of Oto-Rhino-Laryngology em abril, apontam para uma possível relação entre os níveis sanguíneos de homocisteína e a apneia obstrução do sono. A pesquisadora Monica Levy Andersen, coordenadora do estudo, destaca a importância de mais profissionais da saúde considerarem a inclusão desse exame em check-ups de rotina.
Segundo Andersen, a hipótese levantada é de uma correlação bidirecional entre a apneia obstrução do sono e os níveis elevados de homocisteína no sangue. Essa descoberta traz uma nova perspectiva para a compreensão e o manejo desse distúrbio do sono, que pode ter impactos significativos na saúde cardiovascular e no bem-estar geral dos pacientes.
A homocisteína, um aminoácido cujos níveis elevados estão associados a problemas cardiovasculares, pode ser influenciada pela ingestão de vitaminas do complexo B, como B6, B9 e B12. Essa descoberta abre portas para estratégias de tratamento e prevenção da apneia obstrução do sono, destacando a importância da nutrição na saúde do sono e cardiovascular.
Impacto da apneia obstrução do sono na saúde e qualidade de vida
A apneia obstrução do sono não afeta apenas a qualidade do sono, mas também tem um impacto significativo na saúde geral e na qualidade de vida dos indivíduos. Estudos epidemiológicos, como o Episono coordenado pelo professor Sergio Tufik da Unifesp, têm revelado a prevalência desse distúrbio na população, com altas taxas de ronco e apneia entre os paulistanos.
Além dos problemas óbvios de sono, como ronco e fadiga diurna, a apneia obstrução do sono está associada a um maior risco de desenvolver condições crônicas como hipertensão, diabetes e doenças cardiovasculares. O envelhecimento celular acelerado e outros impactos negativos na saúde também estão relacionados a esse distúrbio, ressaltando a importância de estratégias de diagnóstico e tratamento eficazes.
Investigar a relação entre a apneia obstrução do sono e os níveis de homocisteína no sangue pode fornecer insights valiosos sobre a fisiopatologia desse distúrbio e abrir caminho para abordagens terapêuticas inovadoras. A inclusão de exames de sangue simples em check-ups de pacientes de meia-idade pode melhorar a detecção precoce e a gestão da apneia obstrução do sono, contribuindo para uma abordagem mais holística da saúde do sono e cardiovascular.
Fonte: © CNN Brasil
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