José Emílio Aguiar, roteirista de “Senna por Ayrton” no Globoplay, reflete sobre a ponderada ausência do brasileiro na disputa com o francês nos anos 90: tricampeão mundial, tetracampeão, contrato, veto, tempo durado, disputa, com Piquet; regressou à F1, título daquela temporada, relação amigável, início.
Nas três décadas da morte de Ayrton Senna, o Globoplay lançou recentemente o documentário ‘Senna por Ayrton‘. Em uma entrevista no Redação SporTV, um dos roteiristas do conteúdo, José Emílio Aguiar, ressaltou a intensa rivalidade do icônico piloto brasileiro com o francês e tetracampeão Alain Prost.
Além da produção do documentário ‘Senna por Ayrton‘, a trajetória de Senna continua inspirando gerações de fãs de automobilismo ao redor do mundo. Ayrton Senna permanece como uma figura lendária, lembrada pela sua habilidade excepcional nas pistas e pelo seu comprometimento incansável com a excelência no esporte a motor.
Relação Entre Senna e Prost
Ayrton Senna sempre foi lembrado como um ícone na história da Fórmula 1, sendo tricampeão mundial em 1991. No entanto, sua relação com Prost foi marcada por momentos de conflito e tensão. O documentário revela um lado menos conhecido de Senna, mostrando que ele também tinha seus momentos de irritação e perda de controle, principalmente durante as disputas com Prost, e em certa medida, com Piquet.
Senna ficou especialmente abalado quando Prost vetou sua entrada na Williams em 1992, causando um abalo em sua carreira e levando-o a considerar desistir de correr por um ano. Essa situação mostrou o quanto a rivalidade entre os dois pilotos era intensa e como decisões como essa podiam afetar profundamente o emocional de Senna.
A Disputa Pelo Titulo em 1993
Com o veto de Prost, Senna teve que buscar novas oportunidades na Fórmula 1. Em 1993, ele regressou à categoria assinando contrato com a Williams, no entanto, o veto imposto por Prost ainda pairava sobre ele. O tetracampeão mundial estava determinado a conquistar seu espaço e provar seu talento mesmo diante de obstáculos como esse.
A rivalidade entre Senna e Prost atingiu um ponto crítico em 1993, quando Prost conquistou o título daquele ano pela Williams. A relação entre os dois estava abalada, mas havia sido bem diferente no início, quando foram companheiros de equipe na McLaren em 1988. Naquela época, a relação era amigável e cheia de elogios mútuos, mostrando que nem sempre a rivalidade era predominante na trajetória de Senna.
Os Altos e Baixos da Relação de Senna e Prost
O início da relação entre Senna e Prost na McLaren foi marcado por camaradagem e respeito mútuo, mesmo sendo rivais nas pistas. Os elogios públicos e as brincadeiras ressaltavam a amizade entre os dois pilotos, que chegaram a vencer a maioria das corridas juntos, mostrando um entendimento e companheirismo incríveis.
No entanto, essa amizade se transformou em uma rivalidade intensa, culminando em dois acidentes dramáticos nas disputas dos títulos de 1989 e 1990. A relação que antes era marcada pela camaradagem se tornou tensa e competitiva, evidenciando o quanto a competição na Fórmula 1 pode transformar até mesmo os laços mais fortes.
O Legado de Senna e Prost
Mesmo depois de tantos conflitos e disputas acirradas, a trajetória de Senna e Prost deixou um legado duradouro na Fórmula 1. O respeito mútuo entre eles, apesar das diferenças, demonstra que, no fim das contas, a paixão pelo esporte falava mais alto do que qualquer rivalidade.
Nos 30 anos da morte de Senna, as homenagens prestadas por Prost mostram que, apesar de todos os desafios enfrentados ao longo de suas carreiras, o respeito e a admiração mútua permaneceram intactos. A história de Senna e Prost é um lembrete de que, mesmo em meio à competição acirrada, é possível cultivar laços de amizade e respeito que vão além das pistas.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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