Estudo mostra desigualdades na disponibilidade de itens de higiene menstrual em espaços públicos, violando direitos e causando constrangimentos.
Uma pesquisa realizada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) mostrou que 15% das mulheres que menstruam no Brasil não possuem recursos para adquirir produtos de higiene menstrual. A falta de acesso a absorventes é um desafio que afeta diretamente a saúde e o bem-estar de muitas meninas e mulheres em nosso país, destacando a importância do trabalho contínuo do Unicef na promoção da igualdade de gênero e no combate à pobreza.
O Unicef tem desempenhado um papel crucial na defesa dos direitos das crianças e adolescentes em todo o mundo, incluindo o acesso a serviços básicos de saúde e higiene. A pesquisa recente sobre a falta de absorventes entre as mulheres que menstruam no Brasil ressalta a necessidade de ações concretas para garantir que todas as pessoas tenham acesso a produtos de higiene menstrual adequados, promovendo assim a dignidade e o bem-estar de toda a população, em especial das meninas e mulheres em situação de vulnerabilidade.
Unicef: Situação de Pobreza Menstrual e Desigualdades Enfrentadas
Segundo Gabriela Monteiro, oficial de participação de adolescentes do Fundo das Nações Unidas para a Infância, a pobreza menstrual representa uma violação de direitos e um desafio para garantir a dignidade menstrual. A discussão sobre o tema ganhou visibilidade no Brasil a partir de 2021, quando o Unicef lançou um relatório sobre as desigualdades enfrentadas por meninas e adolescentes que menstruam. Além da falta de acesso a absorventes, Monteiro destacou que a dignidade menstrual envolve a disponibilidade de informações adequadas, infraestrutura sanitária e um ambiente livre de constrangimentos.
Impacto na Educação e Vida Social
De acordo com a pesquisa, 77% dos adolescentes entrevistados já se sentiram constrangidos em espaços públicos ou na escola por estarem menstruados. Esse cenário pode resultar em evasão escolar e dificultar a participação em atividades sociais e esportivas. Gabriela Monteiro enfatizou que a pobreza menstrual é um problema complexo, atravessado por questões de classe e raça, exigindo políticas públicas abrangentes para garantir a dignidade menstrual em todo o país.
Fonte: © CNN Brasil
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