EmIndia, lei proibida TikTok (Bytedance) para usuários americanos, baseada em conteúdo violento e subculturas. Essa mudança pode influenciar outras plataformas sociais, criadores e influenciadores. Este período de tolerância à violência online está em expansão, com Nepal e Paquistão seguindo. O governo indiano termina a história tecnológica americana nessa fronteira. Banindo aplicativos, as oportunidades e vida de suas comunidades digitais mudam drasticamente.
Há quatro anos, a Índia proibia o TikTok. O aplicativo estava fora de alcance para os indianos, que não podiam mais acessar seus vídeos divertidos e criativos. Apesar da proibição, a comunidade do TikTok na Índia era uma das mais vibrantes e ativas, com diversos criadores de conteúdo produzindo material para milhões de fãs em todo o país.
No entanto, em meio a preocupações com a segurança dos dados dos usuários, o governo indiano decidiu banir o TikTok permanentemente. Essa medida drástica chocou a indústria de mídias sociais e deixou muitos influenciadores sem sua principal plataforma de trabalho. Mesmo com as tentativas de algumas empresas de criar alternativas ao TikTok, nada conseguiu preencher o vácuo deixado pela proibição. Agora, a comunidade de criadores indianos luta para se adaptar a essa nova realidade e eliminar o impacto causado pelo ban repentino do aplicativo.
A proibição do TikTok marca o início de uma revolução nas redes sociais
O TikTok parecia imbatível — até que as tensões latentes na fronteira entre a Índia e a China eclodiram em uma onda de violência mortífera. Após o conflito na fronteira, o governo indiano proibiu o aplicativo em 29 de junho de 2020. Praticamente da noite para o dia, o TikTok desapareceu. Mas as contas e os vídeos indianos do TikTok ainda estão online, parados no tempo em que o aplicativo tinha acabado de emergir como um gigante cultural.
A expansão da proibição do TikTok: um sinal do que está por vir nos EUA?
De certa forma, a experiência indiana pode ser um vislumbre do que pode vir pela frente nos Estados Unidos. Em 24 de abril, o presidente americano Joe Biden sancionou um projeto de lei que pode acabar banindo o TikTok do país, após anos de discussões sobre os riscos de segurança do aplicativo. A lei exige que a empresa proprietária do TikTok, a Bytedance, venda sua participação no aplicativo nos próximos nove meses — com um período adicional de três meses de tolerância — ou enfrentará uma possível proibição no país.
A resistência da Bytedance: uma luta contra a proibição do TikTok nos EUA
A Bytedance afirma que não tem intenção de vender a plataforma de rede social — e prometeu contestar a legislação na Justiça. Banir um aplicativo de rede social deste porte seria algo sem precedentes na história da tecnologia americana, embora a batalha judicial que vem pela frente torne o destino do TikTok incerto.
Impactos globais da proibição do TikTok: lições da Índia, Nepal e Paquistão
A experiência indiana mostra o que pode acontecer quando um grande país elimina o TikTok dos smartphones dos seus cidadãos. Mas a Índia não foi o único país a adotar esta medida — em novembro de 2023, o Nepal também anunciou a decisão de banir o TikTok, e o Paquistão implementou uma série de proibições temporárias desde 2020.
A influência do TikTok na vida dos usuários e na cultura
Enquanto os 150 milhões de usuários do aplicativo nos EUA navegam à espera do que pode acontecer, a proibição do TikTok na Índia mostra que os usuários se adaptam rapidamente — e que quando o TikTok morre, grande parte de sua cultura morre com ele. A conta de Sucharita Tyagi, uma crítica de cinema que vive em Mumbai, tinha 11 mil seguidores quando o TikTok desapareceu da noite para o dia — e alguns dos seus vídeos acumulavam milhões de visualizações.
A democratização do conteúdo e a ascensão de novos criadores
‘O TikTok era gigante. As pessoas se reuniam em todo o país, dançando, fazendo esquetes, postando sobre como administravam suas propriedades agrícolas em pequenos vilarejos nas montanhas’, diz Tyagi. ‘Havia um grande número de pessoas que de repente tiveram esta exposição, algo que sempre havia sido negado a elas, mas era finalmente possível’. O aplicativo foi um fenômeno particular devido à forma como seu algoritmo ofereceu oportunidades aos usuários rurais da Índia. Eles conseguiram encontrar um público e até mesmo alcançar status de celebridade, o que não era possível em outros aplicativos. ‘Democratizou a reação ao conteúdo pela primeira vez’, avalia Prasanto K.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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