Buraco na camada de ozônio ampliou-se, aumentando exposição a raios solares. Atmosfera sofre reações químicas, perda específica de ozônio em camada. Animais vulneráveis ao Sol no verão, continente polar. Camada de ozônio se recupera lentamente. Anual aparecimento de buraco.
Todo ano, um buraco se forma na camada de ozônio sobre a Antártida. Para a vida selvagem na região, a exposição aos raios solares nocivos tem aumentado, conforme apontam os especialistas. Esse buraco na camada de ozônio — o escudo de gás na estratosfera — agora paira sobre o continente congelado por grande parte do ano.
Essa redução na camada de ozônio está causando preocupação global. A diminuição do ozônio pode levar a um aumento da exposição da camada terrestre aos raios UV. A proteção da camada de ozônio é essencial para a vida na Terra e medidas precisam ser tomadas para preservá-la.
O impacto da destruição da camada de ozônio na Antártida
Quando menciono meu trabalho relacionado ao buraco na camada de ozônio, as pessoas costumam indagar: ‘Ah, mas não está melhor agora?’, compartilha Sharon Robinson, bióloga especializada em mudanças climáticas da Universidade de Wollongong, na Austrália, e uma das autoras de um estudo publicado na revista científica Global Change Biology. Em 1985, pesquisadores que atuavam na Antártida revelaram a existência do buraco na camada de ozônio ao mensurar a quantidade de radiação solar atingindo a Terra.
Um amplo conjunto de substâncias químicas responsáveis pela destruição da camada de ozônio foi identificado, com destaque para os clorofluorcarbonetos (CFCs), comumente utilizados em refrigeradores. Em 1987, todos os países se comprometeram a eliminar progressivamente o uso desse grupo de substâncias prejudiciais à camada de ozônio. Esse acordo ficou conhecido como o Protocolo de Montreal e é considerado o tratado ambiental mais bem-sucedido da história.
Atualmente, a camada de ozônio está em processo de recuperação. No entanto, permanece um buraco significativo, uma região onde a camada de ozônio está consideravelmente reduzida, que surge anualmente sobre a Antártida. Esta perda específica de ozônio ocorre no continente polar devido a reações químicas que se desenrolam em nuvens altas na atmosfera, em condições de temperatura extremamente baixas. Tais reações levam à decomposição do ozônio, resultando na abertura de um buraco na camada protetora.
O aparecimento anual desse buraco atinge seu ápice geralmente em setembro e outubro, época em que a maioria dos animais terrestres se abriga sob a neve e as criaturas marinhas ficam protegidas pelo vasto manto de gelo marinho. No entanto, o fenômeno atualmente se estende até dezembro, durante o verão antártico, período em que a exposição e vulnerabilidade dos seres vivos aumentam significativamente.
Os animais localizados na Antártida ficam mais suscetíveis aos raios solares prejudiciais durante o verão Foto: VICTORIA GILL / BBC News Brasil Certos tipos de radiação ultravioleta do Sol, conhecidos como raios UV-B, aumentam o risco de câncer de pele e catarata em seres humanos. Contudo, ainda não se sabe se esses efeitos são aplicáveis aos mamíferos e aves antárticas. É provável que animais cobertos por pelos e penas, como focas e pinguins, estejam protegidos desses danos.
No entanto, os olhos dos animais podem ser afetados, sendo essa talvez a maior ameaça para a fauna antártica.
Fonte: @ Terra
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